Ezequias

RECADO DIVINO

Encontrei um ancião
Velho como nunca ví
Não entendia a razão
E nem porque estremeci

Não consigo explicar
O que o velho transmitia
Luzes por todos os lados
Era pura energia

Quem dele se aproximava
Facilmente percebia
Que apesar de longa idade
Um adolescente parecia

Passou por minha cabeça
Se não era alma penada
Ou quem sabe uma alma antiga
Que o espirito renovava

Não tinha a menor idéia
Do que isso podia ser
Mas havia algum sentido
Isso eu podia crer

Com voz calma e serena
Dizia ele sem pestanejar
Paciência é a maior virtude
Que um ser pode desejar

Tal qual uma cantoria
Continuava ele a falar
Seus lábios não se moviam
Mas eu estava a escutar

Derrepente uma luz branda
Começa tudo clarear
A luz cada vez mais forte
Colocou-se a me mostrar

Me parecia pescadores
Prontos para navegar
Homens a todo trabalho
E mulheres a esperar

As mulheres as crianças trouxeram
Provisões também para a lida
E com  o coração apertado
Assim éra a despedida

E nosse momento eu senti
Uma enorme solidão
Que rapidamente dispersou
Com as palavras do ancião

Palavras que me comoveram
E de esperanças me encheram
Então ele se despediu
Com carinho me abençoou
E lentamente.....   partiu....

POEMAS DULICO

VOAR

Magia da natureza
Habilidade mágica dos pássaros
Resulta em muitos poemas
É a beleza de muitas cenas

O que será que sente os pássaros
Que nasceram para voar
Lá no alto respirar ar puro
Lá em baixo se alimentar

Beberem água dos rios
Nas águas dos rios se banhar
Mostrar aos nossos olhos
O que sabem fazer no ar
Como é lindo ver um pássaro voar!

Planar e pairar lá no ar
É coisa de gavião confiante
Como um rei  a nos apresentar
A beleza de um vôo razante

Ver o pássaro caçador
Ver o pássaro cantar com amor
O João de Barro construir sua casa
O namoro do Beija Flor

Vamos raciocinar
O homem no céu foi jogar
Gases venenosos
Como pode o pássaro voar

O homem aprendeu a usar
A água para navegar
O ar para voar
E a terra para explorar

Há seres na terra andando
Há seres na água nadando
O homem não é absoluto
Há pássaros no ar voando

Homem racional
Dotado de inteligência
Acham-se absoluto
Ainda vão pedir clemência

Você pode acreditar
Se a mata acabar
E a água doce desaparecer
Vc acha que o homem é absoluto?
Ele vai sobreviver?

Nada sobreviverá
Nem os animais na terra
Nem os que vivem no mar
Muito menos os que estão no ar
Ou você acha
Que é atoa que os rios correm para o mar

Quase toda a natureza
Anda em harmonia
Nela somente o homem
Vive fora de sintonia

Ainda há tempo de perceber
Pensar com muito amor
O pagamento para viver na terra
É dela ser zelador

POEMAS DULICO

PARIPAROBA

Nativa da mata atlântica
Do litoral brasileiro
Usada em todo Brasil
Em preparo caseiro

Agricultores familiares
Do Vale do Ribeira
Preferem colher as folhas
De uma só maneira

Colhendo as folhas a tarde
Sua substância garante
Ótimo nivel de concentração
Um poderoso antioxidante

Em forma de coração
Ela nos chama atenção
Combate os radicais livres
Ela tem dupla ação

Não podemos esquecer
No combate aos radicais livres
Além de usar as folhas
Também se usa as raízes

A luz do raio solar
Aquece seu coração
O que só faz melhorar
A sua concentração

Por isso se colhe a tarde
Com muita delicadeza
São reações naturais
São coisas da natureza

Conhecida como Capeba
No tupi é pariparoba
O nome não chega nem perto
Da grandeza desta obra

Planta maravilhosa
Descoberta genial
Recupera a eslatina
O colágeno e o gel coloidal

Colagenose reação inflamatória
Ataca as artérias e tecidos articulares
Observado em várias doenças
Cutâneas, Artriticas e vasculares

Os rios sofrem agressões
Com poluição, que tristeza
Compromete sua estrutura
Vitalidade e beleza

Quando não é o calor
Apele sofre com o frio
Sob estresse e poluição
Assim como sofrem os rios

Compare a pele ao rio
Cultive a sua beleza
Trate com muito carinho
Usando a natureza

As plantas protegeriam
Os rios e suas nascentes
Aguas limpas nasceriam
Renovando-se constantemente

Estude a natureza
Seja ateu ou cristão
Cuidando dessa beleza
Receberá dela o pão